Minhas avós, minha mãe, eu e minhas filhas vivemos e enfrentamos realidades completamente diferentes. Pensar no papel da mulher da sociedade ao longo das quatro últimas gerações é como imaginar a vida em planetas distintos. Começa com a mulher matriarca, nascida para ser bonita, procriar e ser totalmente submissa ao marido até chegar à mulher atual, completamente independente e empreendedora, para quem casar e ter filhos deixou de ser uma prioridade. Se você olhar bem, são muitas mudanças para um espaço de tempo de apenas quatro gerações. Ainda mais sabendo que três delas convivem no mesmo espaço/tempo.
Durante esse período de tantas transformações, muitas vantagens apareceram, mas perdas irreversíveis também. E, claro, isso se refletiu na moda, na maneira das pessoas se vestirem, nos níveis de exigência e nas prioridades que cada mulher tem.
Para a minha avó, o importante era vestir o que era adequado a uma mulher “de respeito”: espartilhos, roupas apertadas, coques com enchimento de “Bombril”, e não importavam os incômodos ou desconfortos. O importante era estar bela para a sociedade e para o marido. Mais tarde, já existia uma exigência de beleza para o mercado de trabalho. Aí veio o scarpin, espremendo os pés, e todas tinham que manter a pose, o sorriso e a capacidade de raciocinar, mesmo sentido dor.
Hoje, a grande tendência para se vestir se chama Confort! É estar bonita e confortável em qualquer ocasião, principalmente para suportar dias longos de trabalho. Há exceções, inclusive, no o uso de tênis para trabalhar. E a melhor parte é que os estilistas estão apostando nessa nova realidade. Afinal, o conforto passou a ser um pré-requisito para toda mulher na hora de escolher o que vestir.
Pode apostar! O futuro é Confort! Não só para as roupas, mas também na hora de escolher maquiagem e acessórios cada vez mais práticos. Porque tudo que perde a importância, vai deixando de ocupar espaço. E quer saber? Particularmente, eu adoro!
